Eu só queria que você soubesse que eu queria ainda mais.

maio 8, 2014

Você vêm.

Sei lá, toda noite. Todo dia… De alguma forma você vêm. Seja dentro de uma carta, ou de um E-mail. Ou algum pensamento privado. Você sempre vêm.

Sempre!

Chegaria a ser engraçado, se não fosse trágico.

Aliás, seria trágico, se não fosse de alguma forma gostoso. E seria gostoso se não causasse dor.

Mas… Querendo ou não – eu sempre quero – você vêm.

Passa por mim, me esbarra na rua, me olha meia boca… Desvia o olhar. Finge que não vê, finge que não percebeu, finge que odeia, finge que gosta. Diz que sim, que não, que “sei lá”. Faz caras e bocas, mas faz. E… você vêm. Da mesma forma, com os mesmos passos, ou talvez, sei lá, com o mesmo perfume – eu já não sinto mais ele.

Você sempre vêm. Sempre. Quando eu quero esquecer, você vêm. Me tira o ar, e as palavras. Me faz achar que eu já não acho mais nada – eu nunca sempre acho.

De vez em quando eu não quero mais isso, mas aí eu percebo que é o que eu sempre quero.

Vêm! Eu tô indo…

Entre aspas.

abril 28, 2014

Se for pra levar algo, que leve eu com meus livros, meus sonhos, meu cigarro, meu isqueiro, meu vídeo game, minha tv, minhas fotos, minhas manias, meu lápis, minhas músicas, minhas paz, meu cobertor, meu colchão, você.

 

F: – Foi Paixão.

G: – Foi amor.

F: – Foi tristeza.

G: – Foi muita tristeza.

F: – Foi raiva.

G: – Foi ódio.

F: – Foi saudade.

G: – Foi muita saudade.

F: – Foi mais ou menos isso.

G: – Foi mais ou menos aquilo.

F: – Foi sorte.

G: – Foi um jogo de azar.

F: – Foi forte.

G: – Foi bem forte.

F: – Foi preto.

G: – Foi branco.

F: – Foi tu.

G: – Foi você.

F: – Foi tudo.

: – Foi.

 

F, M.

abril 21, 2014

Você ligou o som; Dancei.

Você queria sair; Dormimos.

Você queria menos; Eu pedia mais.

Você parou; Continuei.

Você queria a juventude; Envelhecemos.

Você queria beber; Bebemos.

Você sorriu; Sorri.

Você queria fumar, Ficamos bêbados.

Você queria beijar; Beijamos.

Você queria andar; Voamos.

E eu… Você.

“Que um dia desses, seja um dia daqueles.”

Só não faz essa cara boba, pede um cigarro e vai embora.

abril 10, 2014

E não vem dizer que você vem; Você vai.

E se você for; Eu sei que volta.

E se volta; Sai.

 

Não diz que não; Diz talvez.

Enche de esperança; Faz outra vez.

 

É tanta noite que não vira dia.

E depois disse que tu fazia; Eu sei, não faz mais…

E se trouxer um cigarro, traz um isqueiro.

Não fala bobagem; Não fica sem jeito.

 

Eu tô aí, eu tô aí.

Fica aqui.

 

Me dá um beijo, me olha.

Sei lá, me leva embora.

Daqui pra outro lugar.

É tanta gente querendo chegar; E você querendo ir…

Às vezes eu me sinto um motorista.

março 17, 2014

Problemas deixados pra trás.

Fotos do dia-a-dia.

Discussões que já não tenho mais.

Coisas que hoje eu não faria.

 

Feitos que não são mais feitos.

Olhares bonitos. Feios.

Feitos.

Desfechos.

 

Amanhecer de dias que nem foram embora.

Entardecer de noites que viraram dias.

E você, agora…

 

Vai sair daqui sem mais nem menos.

E o menos?

Nem mais foi embora.

Sem conceito. Sem venenos.

 

Compra um jornal.

Fala que não.

Mas fala.

 

A paz que você procura:

Sussurra.

 

Hoje eu só procuro a minha paz“.

Confetes, Luzes. É Carnaval!

março 6, 2014

Fiz uma coisa esquisita: vivi.

É como aquele sonho, que tu vê, sente, sorri, e ao mesmo tempo sabe que tudo aquilo não é real.

A vida é isso: Sonhos.

Todos os dias são como dias que não tem o menor sentido, ou o sentido é apenas uma coisa que não vale tão a pena assim…

Tem vezes que eu sinto vontade de sair por aí gritando, e dizer tudo aquilo que você precisa ouvir, mas em todas as vezes eu acabo ficando calado, deitado, olhando pra coisas que já aconteceram, e que só voltam a acontecer quando eu consigo dormir.

É assim… Você viaja, distrai, vive, e… E mais nada. E volta.

E se tu quer saber, de todas as coisas que eu fiz, teu sorriso ainda me faz viajar…

Se liga, me desliga. Coloca um samba pra tocar.

Não tente me entender.

Opcional.

fevereiro 21, 2014

Diga mais uma vez que não sonhou mais.

E sonhe.

Diga mais uma vez que não dançou mais.

E dance.

Diga mais uma vez que não tentou mais.

E tente.

Diga mais uma vez que deixou seus vícios.

E vicie.

Diga mais uma vez que vai esquecer.

E esqueça.

Diz mais uma vez que vai voltar.

E volte.

E Fique.

E não diga mais nada.

Sobre Tangos e Boleros.

janeiro 19, 2014

Como cê tá?

Tudo bem?

Fez algo produtivo?

E positivo?

Dormiu bem?

Sonhou?

Ou teve aqueles pesadelos?

E como anda o trabalho… Ainda difícil?

E seus pais… Ainda difíceis?

Ainda usa o mesmo perfume?

Continua com o mesmo cheiro de um ano atrás?

E o penteado, mudou?

Cortou o cabelo?

Continua com aquele humor?

E o gosto musical… Ainda parecido com o meu?

Não?

Ainda gosta de morangos?

E de dinossauros?

Gosta?

Não tem pensado tanto?

Não tem pensado tanto em tudo?

Não tem feito nada?

Não?

Você ainda está aí?

No mesmo lugar?

E hoje… Fez algo?

Quer fazer?

Não está afim?

Vai ficar em casa?

Ah…

Já fez o jantar?

E a sobremesa?

Ouviu alguma música?

Dançou?

Quer dançar?

Quer sair?

Fugir?

Desaparecer?

Sei lá… Me liga.

Tô conseguindo sem você.

janeiro 17, 2014

Só não sei se isso é uma coisa boa.

Sabe… Vira e meche eu me pego me perdendo em caminhos que eu jamais imaginei me perder. Caminhos que eu jurava que eu conhecia como a palma da minha mão.

Os dias são assim: complicados e… Complicados.

Normal.

Anormal seria se fosse normal te esquecer”.

Eu só não entendo mais o fato de eu estar muito, mas muito bem sem você; Quando, aliás, eu queria estar completo.

A vida… Ela é estranha, complicada, diferente, estranha. Uma droga estranha, na qual a gente não consegue usar sozinho, ou pelo menos não deseja isso.

A verdade é que eu sempre odiei o fato de esperar você chegar, mas não te esperar mais por ter a certeza que você não vem está sendo a parte mais difícil.

Hoje, apenas hoje, percebi que eu estou te superando, quando na verdade, eu queria estar do teu lado, te respirando.

Percebi que eu tô sempre a procura de alguma coisa, mas no final, não estou a procura de nada, ou a procura de algo que eu nem sei.

Talvez seja alguma coisa que esteja debaixo do meu nariz, ou alguma coisa que exista apenas dentro dos meus sonhos.

Percebi também que a pessoa que eu sempre acreditei não existe mais.

Ou, sei lá…  Talvez ela ainda exista por aí…

Tô aprendendo a viver sem você, e não quero aprender.” – Detonautas.

Ela me chamou de “amor”.

novembro 14, 2013

Foi na primeira conversa. Eu lembro.

Talvez eu tenha confundido tudo.

Talvez eu tenha embaralhado demais.

Talvez.

Estava nublado… Frio. Meu casaco já não conseguia me esquentar como antes… A umidade da minha calça incomodava minhas pernas. Chovia. Até que ela apareceu. No meio dos chuviscos, e de tanta gente, eu vi um olhar… Ah, aquele olhar… Eu não sei como. Eu nunca a tinha visto. Não sabia ao certo como ela era, porém, eu tinha a certeza que ela era a mulher da minha vida.

Sabe… acontece algumas coisas na vida que você nunca vai encontrar palavras pra explicar. Essa é uma delas: a sensação de que a pessoa vai entrar na sua vida e, de alguma forma, não vai sair nunca mais.

E ela se aproximou. Sorriu. Me abraçou. E eu pude sentir um cheiro que eu nunca mais iria conseguir esquecer… Ah, maldito perfume. Aliás, até hoje não sei ao certo se era algum perfume, ou se era o cheiro de sua própria pele. A verdade é que eu sinto esse cheiro, perfume, ou seja lá o que possa ser, todos os dias…

Acho que eu tô enlouquecendo. Ou envelhecendo.

Sei lá.